Oxunmare, filho de Nanan e Orixalá, recebeu de Olorun uma missão muito
especial e importante para dar continuidade ao processo de criação e
renovação da natureza. Sua tarefa consistia em carregar, dentro de suas
cabaças, toda água da Terra de volta para o céu. Era uma tarefa árdua e
interminável, pois, nem bem ele enchia as nuvens, a água já começava a
escorrer, molhando tudo novamente.
Ele não tinha tempo a perder, mas, numa dessas viagens, parou para olhar a
Terra e viu um imenso lugar, onde tudo era extraído da lama. Estava
faltando alguma coisa para dar mais alegria ao lugar.
O próprio Oxunmare já tinha colocado em movimento todos os seres
criados, como Olorun havia ordenado, mas ainda não bastava, tudo parecia
muito igual e sem vibração.
Ele resolveu, então, pedir a Deus que o ajudasse a encontrar uma maneira de
trazer mais felicidade para a Terra, e Olorun concedeu a ele a realização
desse desejo.
Quando estava carregando água, sem querer, deixou cair algumas gotas pelo
caminho. De repente, formou-se um arco colorido, de uma beleza incrível.
Aquele arco mostrava as cores do universo, e, através dele e de suas
infinitas combinações, Oxunmare poderia colorir toda a Terra com diversos
matizes, tornando-a mais alegre e vibrante.
A partir de então, formou-se uma aliança entre Deus (Olorun) e os seres
criados, que sempre poderia ser vista quando as águas do céu encontrassem
a luz do sol.
O arco-íris tornou-se, também, símbolo desse Orixá, que gosta de
movimento e harmonia em todas as coisas
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